quarta-feira, 24 de abril de 2013

Brasil e suas enchentes: País é o sexto a ter mais desastres naturais. Entre 1999 e 2010 foram 10 mil

Por: JOHNY CLAYTON


O Brasil é atualmente o sexto País do mundo que mais sofre com catástrofes climáticas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Embora a seca seja o desastre natural mais comum por aqui, as inundações são as mais devastadoras, porque geralmente vêm acompanhadas por deslizamentos de terra, enxurradas, vendavais. 
De 1991 a 2010, foram registradas mais de 10 mil enchentes no Brasil. Quatro chocaram o País por causa do tamanho do estrago: Santa Catarina (2008), Pernambuco e Alagoas (2010), Rio de Janeiro (2011) e Acre (2012).
A inundação da região serrana fluminense ficou marcada como a pior catástrofe natural já registrada no País, onde além dos prejuízos materiais, cerca de mil pessoas morreram. 
Para verificar o que foi reconstruído e o que foi feito para prevenir enchentes – já sob a ótica da nova Lei de Proteção e Defesa Civil (12.608/12), fruto do debate iniciado na Câmara dos Deputados, a reportagem da Agência Câmara visitou oito municípios nas regiões atingidas.
Só em 2011, pelo menos mil pessoas morreram vítimas de enchentes e deslizamentos no Brasil. Neste mesmo ano, os prejuízos possíveis de serem medidos somaram R$ 10 bilhões, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para reduzir os impactos das tragédias, que muitas vezes são recorrentes, existe um esforço mundial. Em 2005, 168 países assinaram o Marco de Ações de Hyogo, comprometendo-se a adotar medidas para prevenir desastres. O Brasil é signatário desse acordo e vem seguindo essa tendência. No ano passado, aprovou a primeira lei federal sobre o assunto (12.608/12).
Dos 15 objetivos da nova política, 11 são voltados para prevenção e redução de riscos de tragédias. A lei é resultado direto do debate que aconteceu na comissão especial da Câmara sobre medidas preventivas diante de catástrofes.
“A nova lei trouxe avanços, entre eles, a divisão de responsabilidades no caso de desastre: o que tem que fazer a prefeitura, o Estado e o governo federal. Mais do que isso, na prevenção dos desastres, qual o dever de cada ente da federação”, explica o deputado Glauber Braga (PSB-RJ), relator do texto na Câmara. Esses pontos, no entanto, ainda dependem de regulamentação do governo federal para saírem do papel. A expectativa do Ministério da Integração é que isso seja feito até maio. 
Plano Nacional
Também no ano passado, o governo federal lançou o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres Naturais, que prevê investimento de R$ 18,8 bilhões até o final de 2014. O dinheiro será aplicado em ações de prevenção, mapeamento das áreas de risco, resposta a catástrofes, monitoramento e alerta.
Parte dessa verba servirá também para equipar melhor os dois centros que o País ganhou recentemente na área: o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia; e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional. 
“A prevenção de desastres ainda é um gargalo no Brasil, mas o País vem avançando progressivamente. Hoje 6% dos municípios têm plano de defesa civil. É pouco, mas infinitamente melhor que uma década atrás”, avalia David Stevens, responsável pelo Centro de Excelência para a Redução do Risco de Desastres da ONU, que está sendo implantado neste ano no Brasil.
O número de mortes causadas por catástrofes naturais no País vem caindo nos últimos anos, de acordo com levantamento da Defesa Civil Nacional. “A média histórica de óbitos varia de 150 a 300 pessoas por ano – excetuando 2010, que foi o ano do desastre da região serrana, só ali morreram cerca de mil pessoas. Essa média caiu, em 2011, para menos de 100 mortes. Em 2012, fechamos em 87”, contabiliza o secretário nacional da pasta, Humberto Viana. “Isso é certamente resultado do trabalho de prevenção e mitigação que vem sendo desenvolvido pelo governo federal”, avalia. 
O coordenador do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Universidade Federal de Santa Catarina, Antônio Edésio, concorda que investir na prevenção realmente salva vidas, mas ressalta que a estratégia também é mais econômica para o poder público. “Para cada R$ 1 investido em prevenção, você deixa de gastar R$ 7 na resposta”, estima Edésio.
A prevenção leva em consideração a recorrência dos desastres e a ocupação indevida de locais de risco – o pior problema de todos, segundo o chefe do centro de análise e previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Luiz Cavalcanti. “Os desastres não são novos. Aconteceram no passado, estão acontecendo no presente e vão acontecer no futuro. Hoje as tragédias são maiores porque uma chuva muito intensa vai atingir áreas que jamais deveriam ser ocupadas pela população”, explica.
Mudanças climáticas
“O viés da prevenção é imprescindível porque a tendência é que as catástrofes ambientais aumentem daqui pra frente”, ressalta a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que presidiu a comissão especial da Câmara sobre medidas preventivas diante de catástrofes, cujo relatório final foi o texto-base para a nova Lei de Proteção e Defesa Civil (12.608/12).
A especialista em mudanças climáticas da Universidade Federal de Pernambuco, Josicleda Galvício, explica que o aquecimento global pode aumentar o número de catástrofes ambientais. “Quase todos os modelos estudados convergem para o aumento de temperatura, o que vai causar o aumento da evaporação da água. Alguns modelos também apontam para o aumento de precipitação (chuvas). Se a gente já tem visto esses desastres com as chuvas que estão ocorrendo hoje, imagina se tiver aumento de precipitação.” (ABr)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Integração Nacional aprova regimento do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil

Brasília, 22/04/2013 - O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, aprovou, nesta segunda-feira (22), o Regimento Interno do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (Conpedc). O conselho terá como atribuição auxiliar na formulação, implementação e execução do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil além de propor, acompanhar e atualizar procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, idosos e pessoas com deficiência em situação de desastre.

Para o diretor de Minimização de Desastres do Ministério da Integração NacionaI, Armin Braun, o Conpedc é um organismo importante para a integração entre governo e sociedade. "O conselho está sendo ampliado. Pode-se dizer que ele agregará ainda mais o sistema nacional de defesa civil", afirma.

A coordenação do conselho, que conta com representantes de diversos ministérios, sociedade civil e entres estaduais e municipais, está sob responsabilidade do MI. Além disso, o Conpedc poderá convocar ou convidar outros órgãos, representantes de instituições públicas, privadas ou pessoas com envolvimento em assuntos de proteção e defesa civil para manifestação em assuntos específicos. O conselho deve se reunir uma vez a cada quatro meses.


Acesse o link:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=22/04/2013&jornal=1&pagina=32&totalArquivos=128


Fonte: http://www.mi.gov.br

Defesa Civil nas comunidades - Sítio Cajazeiras

A Defesa Civil em Crato, através do Técnico de Segurança Charles Galdino Rodrigues, participou de reunião de moradores da Comunidade de Cajazeiras realizada dia 14 de abril, no Colégio da comunidade.  Além dos assuntos pertinentes a comunidade, foram abordados assuntos referentes a 'CUIDADOS COM A DENGUE' E 'COMO CUIDAR DAS CISTERNAS - Cuidados para evitar contaminação'. 
 Márcio, na direção da reunião






Casca de banana pode descontaminar águas poluídas com pesticida, diz pesquisa da USP

Um estudo da USP identificou que a casca de banana pode ser utilizada no tratamento de água contaminada pelos pesticidas atrazina e ametrina. Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) fizeram testes com amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari, no interior do estado de São Paulo, que comprovaram a absorção de 70% dos químicos pela casca.

Embora ainda não comprovada a toxicidade desses pesticidas em seres humanos, a utilização de ametrina é proibida nos Estados Unidos por ter provocado mutação em espécies aquáticas.

"Já existiam outros estudos de uso da casca para absorção de metais, como urânio, cromo, então veio a ideia de utilizá-la para os pesticidas. A atrazina e a ametrina são muito utilizadas aqui na região [de Piracicaba] nas plantações de cana-de-açúcar e milho.Constatamos uma boa absorção também desses compostos orgânicos", explicou à Agência Brasil a pós-doutoranda Claudineia Silva, uma das pesquisadoras envolvidas com o trabalho. Os químicos, ao serem utilizados nas lavouras, contaminam indiretamente os rios.

Processo envolve exposição ao sol
Para que seja utilizada como agente de descontaminação, a casca da banana, que pode ser recolhida inclusive no lixo, éressecada ao sol por uma semana ou em estufa a 60 graus Celsius (°C), o que diminui o tempo do processo para um dia.

Após a secagem, o material é triturado epeneirado para formar um pó para ser despejado na água. "[Em laboratório,] variamos a quantidade de casca de banana, tempo de agitação e verificamos quais seriam as melhores condições para conseguirmos o melhor resultado", disse Claudineia.

A casca da banana corresponde de 30% a 40% do peso total da fruta. A presença de grupos de hidroxila e carboxila da pectina na composição na casca é que garantem a capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos.

Testes piloto
A pesquisadora disse que até o momento foram feitos testes somente em laboratório, com pequenas quantidades, e que seria necessário fazer testes piloto para atestar a eficácia em grandes proporções. "Encerramos a primeira etapa. A proposta é continuar com o trabalho com um volume maior de água, 100 litros em um tanque por exemplo, pôr casca de banana e ir monitorando a absorção", disse.

A nova etapa possibilitaria que a casca de banana pudesse ser utilizada como descontaminante em larga escala. "É um mecanismo de baixo custo", disse. Silva aponta que, futuramente, o ideal é que essa descoberta seja utilizada em estações de tratamento de água. "Descartar toneladas de casca de banana nos rios iria gerar poluição e talvez uma contaminação em cadeia. A casca absorve do rio, o peixe come e a gente come os peixes", explicou.

De acordo com a pesquisadora, atualmente, a atrazina e ametrina são retirados da água por meio de carvão ativado. "É um custo maior, considerando que a casca iria para o lixo", disse.

Fonte: Agência Brasil e site Miséria

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Livro gratuito - Agrofloresta, Ecologia e Sociedade


É com orgulho e honra que apresentamos essa grande obra. Agrofloresta, Ecologia e Sociedade é um livro da Cooperafloresta Agricultores Agroflorestais, escrito por diferentes autores e pesquisas recentes que, a priori, tem a Agrofloresta como principal paradigma. 

Nesse sentido, não existe nada parecido na literatura, porque reúne uma coletânea de diversas informações empíricas geradas em um universo de razões, sentidos, significados, observações, vivências, diálogos, participações que em sintonias e dissonâncias trazem um novo tecido discursivo e social.

Embora o poder hegemônico da agricultura do agronegócio oprima o pequeno agricultor famíliar, enquanto o torna escravo de um sistema altamente dependente do recursos energéticos e responsável por imperativos socioambientais devastadores na natureza, emerge na Cooperafloresta o contraponto que apresenta um novo jeito de cultivar floresta. Agrofloresta é o amor, o carinho, a reverência que as mãos de homens, mulheres e crianças tem pela vida e por toda a natureza. Entretanto, essa descrição é apenas uma das muitas maneiras de pensar na agrofloresta. Ao folhear estas páginas, o leitor se depara em uma trama de subjetividades, de racionalidades e de relações das pessoas com a natureza. 


Por fim, o último capítulo - escrito por dois integrantes do Coletivo Biowit e outros dois pesquisadores - surge a luz da discussão sobre a legalidade das agroflorestas e a permanência dos povos da floresta em áreas protegidas, com base na premissa que "Ações e políticas públicas para a fixação, valorização, fortalecimento e melhoria da qualidade de vida das famílias de agricultores, juntamente com a adequação de suas práticas aos objetivos das áreas legalmente protegidas, são componentes imprescindíveis para o sucesso da conservação biológica".
Capítulo 15 - VOZES DA PERMANÊNCIA: A CONSERVAÇÃO AMBIENTAL ALCANÇADA COM O SISTEMA DA AGROFLORESTA


www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/biblioteca/permacultura/livro_AGROFLORESTA_ECOLOGIA_E_SOCIEDADE.pdf


 — com Letícia Costa E SilvaFiló Almir Sandro RodriguesRegiane FoniniCooperafloresta Agricultores AgroflorestaisRodrigo SilvaRafaelle Mendes e Juan Carlos Carcamo Paredes.



P.S: Livro disponibilizado gratuitamente e APENAS estou repassando o link.

Fonte:  Facebook: Defesa Civil Alto compartilhou a foto de Coletivo Biowit e 
http://www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/biblioteca/permacultura/livro_AGROFLORESTA_ECOLOGIA_E_SOCIEDADE.pdf

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Simulado prepara agentes e comunidade para inundações

Sáb, 06 de Abril de 2013 00:00
Revisado em 08/04/2013.
 

Mais de dez instituições participaram do Simulado de Preparação para Desastres 2013 de iniciativa da Secretaria Nacional de Defesa Civil em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (CEDEC) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará. O simulado ocorreu na comunidade Bubu-Cal, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza, onde às 9 horas do sábado (06/04) foi dado o alarme da ocorrência de inundação.

O evento consistiu em um exercício prático que implicou na mobilização de recursos e de pessoas para avaliar, em tempo real, o processo de socorro e remoção temporária das famílias de áreas com risco de inundações. A comunidade foi, ainda, instruída com palestras sobre primeiros socorros, promovida pelo Centro de Treinamento e Desenvolvimento Humano (CTDH) e sobre Defesa Civil. Os tempos-respostas e a atuação de todas as instituições envolvidas foram registrados e serão avaliados numa reunião marcada para a próxima sexta-feira, dia 12.

O Simulado é uma ação de treinamento e de aperfeiçoamento em que todos os atores envolvidos podem verificar e corrigir eventuais falhas para melhorar sua atuação num sinistro real. A comunidade é o ponto central de toda a operação. É imprescindível o envolvimento da população nas ações preventivas que, sem dúvida, são as mais eficazes na redução dos riscos de desastres, tornando a comunidade mais preparada e menos vulnerável às situações simuladas no treinamento.


 


A CEDEC agradece a todas as instituições que participaram do evento:
10ª Região Militar do Exército Brasileiro
Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC)
Coelce
Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER)
Centro de Treinamento e Desenvolvimento Humano/CBMCE
Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Caucaia
Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Fortaleza
Guarda Municipal de Fortaleza
Grupamento de Socorro e Urgência/CBMCE
Núcleo de Busca e Salvamento/CBMCE
Polícia Militar do Ceará
SAMU
Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza
Secretaria Nacional de Defesa Civil (SEDEC)
Secretaria Executiva Regional III (SER III)

domingo, 7 de abril de 2013

Seca histórica destrói economia rural no Nordeste


A rede de proteção social que inclui programas de transferência de renda dos governos federal e estaduais tornou menos dramáticos os impactos da seca no cotidiano da população do Nordeste, mas ainda é incapaz de impedir que a economia local entre em verdadeiro colapso durante períodos de longa estiagem.
A avaliação é de pesquisadores e autoridades ouvidas pelo Estado, que identificou em Pernambuco, Bahia e Alagoas uma realidade atenuada, mas ainda bastante difícil para o sertanejo que enfrenta a maior seca das últimas décadas na região.
Na terça-feira passada, em visita a Fortaleza (CE), a presidente Dilma Rousseff afirmou que, graças às ações de seu governo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "a face da miséria nessa região não foi acentuada tão perversamente pela estiagem". Para o professor João Policarpo Lima, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a aposentadoria rural e projetos como o Bolsa Família e o Bolsa Estiagem dão às famílias do campo, de fato, uma alternativa à produção agrícola quando as condições climáticas ficam desfavoráveis, mas a quebra de safras e a morte de rebanhos provocam efeitos duradouros na economia local.
"A população pobre do semiárido fica menos vulnerável às secas, mas isso não significa que a população como um todo esteja imune, pois a economia entra em colapso e a população fora dessa cobertura fica desempregada ou perde suas outras fontes de renda", afirma Lima. "Essa situação de hoje é menos ruim do que era há 40 anos, quando não havia programas de transferência de renda e apenas as frentes de emergência eram acionadas, de forma clientelística."
Rebanho ameaçado. Nos últimos meses, Juvenal Lira Feitosa, de 53 anos, a mulher Iolanda e seus nove filhos dedicam seus esforços pela sobrevivência das 38 cabeças de gado mestiço, algumas cabras e galinhas e três porcos que criam no Sitio Poço Novo, na zona rural de Águas Belas (PE). Nos anos 1990, Feitosa tinha em sua propriedade apenas uma vaca. A partir do governo Lula, conseguiu crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), empréstimo bancário para arregimentar o pequeno rebanho.
O sustento da família vinha sendo garantido pela aposentadoria rural – um salário mínimo – da mulher e o benefício do Bolsa Família pago a quatro dos nove filhos do casal. A seca, porém, ameaça a outra fonte de renda. "A gente compra o mínimo para nós e com o resto tenta dar de comer o gado", diz Juvenal, resignado.
A estimativa é que a estiagem provocou no Estado governado por Eduardo Campos (PSB), possível presidenciável em 2014, a redução de 710 mil cabeças de rebanho bovino – sendo que 150 mil morreram e o restante foi abatido precocemente. A bacia leiteira estadual sofreu queda de 72% na sua produção.
Êxodo na Bahia. Na Bahia do governador petista Jaques Wagner, a produção do sisal – usada na indústria têxtil – cai desde 2011. Os problemas no campo fizeram ressurgir mazelas sociais do passado. Mesmo com os benefícios sociais oferecidos pelos governos federal e estadual, o êxodo rural e migração a outros Estados, em especial aos do Sudeste, voltaram a ser registrados.
Na passagem por Fortaleza, Dilma anunciou pacote de R$ 9 bilhões para medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste, Mas prefeitos de municípios do semiárido baiano e produtores agrícolas do Estado lamentaram o que chamaram de "superficialidade" das ações anunciadas pela presidente durante reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Os administradores das cidades afetadas pela estiagem, liderados pela União dos Municípios da Bahia (UPB), resolveram criar um "Movimento dos Sem-Água" e prometem marchar até Brasília para cobrar "medidas objetivas e duradouras" para enfrentar a crise.
"Quando acontece alguma catástrofe no Sudeste, o governo responde na mesma hora. Queremos tratamento igual", diz a presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, a 140 quilômetros de Salvador, Maria Quitéria Mendes (PSB). "Prometem recursos, ações, mas para conseguir um pouco do que é anunciado precisamos fazer grandes sacrifícios. É frustrante."
Em Alagoas, do governador tucano Teotônio Vilela Filho, um relatório recente da Diocese de Palmeira dos Índios indicou que 33 mil famílias – cerca de 19% das 175 mil famílias que residem nos municípios em situação de emergência – estão completamente desassistidas pelos programas da União e do Estado. O governo estima que os prejuízos com a estiagem de parte das 22 usinas de cana-de-açúcar de Alagoas cheguem a R$ 800 milhões. Por isso, teme que as consequências trazidas pela seca se espalhem por outros municípios além do semiárido.

Simulação de desastre

Na sexta feira (05/04/2013) ocorreu no Quartel do Corpo de Bombeiros Militar em Fortaleza treinamento com simulação de desastre (em maquete). Distribuídas em várias equipes, cada qual com finalidade de criar seu Plano de Contingência. Ocorreu simulado de desastre e aplicação de um dos Planos escolhidos. Finalidade de proteção a vida e redução de danos.



 Palestrantes 


 Participantes da  Oficina






Crato participa de Oficina de Capacitação para Desastres

A Defesa Civil do Crato, nas pessoas dos servidores Charles Galdino Rodrigues (Técnico de Segurança do Trabalho) e Josemere Melo ( Coordenadora da Defesa Civil), participou de Oficina de capacitação para Desastres em Fortaleza - CE, ministrada pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Além do Crato, participaram vários municípios do Ceará. Da região do Cariri, apenas o Crato se fez presente.  Tal oficina, preparou a Defesa Civil cratense para nortear suas ações em 2013.



Crato - CE - Corpo de operário arrastado por correnteza é encontrado


Deusimar da Silva Félix, de 35 anos. (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)
O corpo de um homem arrastado por uma correnteza na sexta-feira (5) foi encontrado na manhã deste sábado (6) no Crato. De acordo com o Corpo de Bombeiros,  Deusimar da Silva Félix, de 35 anos, voltava do trabalho e tentou atravessar de motocicleta uma passagem molhada no Baixio dos Tibúrcios, mas acabou sendo levado pelas águas.

O pedreiro Francisco Aílton de Andrade ajudou no resgate do corpo e explicou que só conseguiram avistá-lo porque havia parado de chover e as águas do riacho baixaram.  "Nós só conseguimos fazer o resgate porque o nível da água tinha diminuído bastante. De longe, deu para ver seu braço levantado", disse.

De acordo com o agricultor José Andrade da Silva, todas as vezes que chove na região, o riacho fica muito perigoso. "O risco é tremendo quando chove. Fica muito perigoso e acidentes são frequentes".

O sargento do Corpo de Bombeiros, José Moura, diz que no local já foram registrados outros acidentes nas últimas chuvas e alerta o perigo de tentar atravessar o riacho de moto.  "Toda vez que chove ficamos sabendo de pessoas que caíram dentro do riacho. Evite o máximo possível atravessar esses locais até mesmo de moto. Carro grande, nós até podemos confiar, mas motocicletas não, pois é muito perigoso", alertou.

Fonte: G1-CE, com informações da TV Verdes Mares  e site Miséria

Afogados da Ingazeira-PE: Base Zero garante água durante os 365 dias do ano

Um engenheiro mecânico de 80 anos e uma ideia perseverante mudaram os rumos de uma propriedade rural em Afogados da Ingazeira, localizada no sertão do Pajeú, a 386 quilômetros de Recife. A partir da construção de barragens subterrâneas em formato de arco romano deitado foi possível armazenar água em todos os recantos da propriedade. O melhor de tudo é que a tecnologia criada por José Artur Padilha na Fazenda Caroá, de sua propriedade, é de baixíssimo custo.

O trabalho de Padilha, intitulado Projeto Base Zero, foi adotado pela Agenda 21 na área de Agricultura Sustentável do Governo Federal. Paradoxalmente, as instituições públicas não demonstram o menor interesse em financiá-lo. O fato de não envolver vultosos recursos e grandes empreiteiras talvez seja o principal entrave para o desinteresse.

"O que fazemos é seguir o que a natureza nos ensina. A diferença é que levaria cerca de 300 mil anos para se formar um barramento natural enquanto o homem pode fomentar esse processo em apenas uma semana", explica José Artur Padilha.

Euclides da Cunha

A construção de mananciais de superfície é duramente criticada por Padilha. "Em 1887, Euclides da Cunha já dizia que armazenar água a céu aberto era um caminho errado. Que, mais cedo ou mais tarde, todos os açudes ficariam assoreados. E é a realidade que estamos vendo. Devíamos ter adotado o processo natural de criação de reservas subterrâneas de água".

Outra questão polêmica levantada por Zé Artur Padilha é a da transposição do Rio São Francisco. "Não vai resolver o problema do sertão. Ela vai atingir 800 quilômetros quadrados - 400 de cada margem- enquanto temos no Semiárido uma área de quase um milhão de metros quadrados. Ou seja: o seu alcance será mínimo".

Padilha vem desenvolvendo suas ideias desde 1969. Em todos os 600 hectares da Fazenda Caroá, por conta das 100 barragens espalhadas, é possível encontrar água.

Ao contrário dos animais do sertão nordestino, que sofrem para saciar a sede nos tempos de seca, ali os bichos andam poucos metros para alcançar um dos 50 bebedouros espalhados. A água vem de uma cacimba construída entre três barragens de pedra.

Reversão

Como fica num ponto alto, abastece por meio da força da gravidade e por meio de 20 quilômetros de encanamento, toda a terra. De forma surpreendente, o engenheiro conseguiu reverter um processo de desertificação numa pequena área em menos de um ano. No local, hoje pontifica uma vegetação firme e até mesmo algumas mangueiras.

"Esse local não tinha vegetação. Em 1999, ocorreram cinco enchentes que deixaram o solo salinizado e produziram um processo de erosão enorme. Realizamos de forma acelerada e natural a reconstituição. Fenômenos naturais que se apresentavam como degradadores passaram a ser usados por nós a favor do solo, como o caso das barragens que retiveram água de forma correta. Com isso, a terra voltou a ser fértil e o restante a própria natureza se encarregou de fazer de maneira sábia".

Com orgulho e autocrítica, Padilha mostra um barreiro que foi construído há 34 anos na propriedade. A autocrítica é pelo fato de admitir que a edificação do barreiro "foi uma burrice sem tamanho. Ainda não entendia ainda como atua a natureza. A barragem impede o curso natural da água, impossibilitando a passagem molhada e destruindo o baixio".

O orgulho é pelo fato de ter "arrombado" o barreiro para restabelecer o trajeto da água. "Para vocês terem uma ideia do que ocorreu aqui, esse barreiro custou, a preço de hoje, em torno de R$ 100 mil. Com esse dinheiro, poderia construir 33 barragens em forma de arco romano deitado por R$ 3 mil, cada", compara.

Simplicidade

Antes de chegar à barragem subterrânea em arco romano deitado, feita apenas de pedra, Padilha cometeu erros, como ele próprio admite. "Entre 1969 a 1979, acompanhei a tradição e, sem refletir, edifiquei algumas barragens retas, fechadas com argamassa. Depois é que passei a usar o arco romano. Só que ainda insistia na argamassa, que impede a passagem da água e faz com que ela suba para a superfície. Com isso, o sol trata de evaporá-la e apenas o sal permanecia no solo, degradando-o".

Ao retirar a argamassa, Padilha viu que a própria natureza tratou de sedimentar a barragem, com parte dos minerais e materiais orgânicos transportados pelas águas da chuva. "Reter o solo, a água e matéria orgânica é um processo que demora milhões de anos".

Nos Pampas

Sem apoio, o laboratório da Fazenda Caroá, que servia para Padilha expor, em palestras realizadas pelo menos duas vezes por mês, sua ideias e mostrar na prática como funciona a experiência, foi fechado. A visita que o então candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva fez ao local, em 2002, deixou o engenheiro esperançoso de que, finalmente, sua proposta fosse replicada pelo Semiárido. Ledo engano. Para o engenheiro Artur Padilha, "a questão ambiental deve ser convergente, tem que estar acima dos partidos políticos e das forças ideológicas para o bem do País".

Fonte: Diário do Nordeste e site Miséria

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Capacitação para Defesa Civil em Fortaleza - Ce


 Capacitação para membros da Defesa Civil em Fortpraleza, realizada entre os dias 2 e 6 de Abril de 2013, no auditório da Defesa Civil Ceará, no prédio do Corpo de Bombeiros Militar. Ministrado pelo Ministério da Integração Nacional. Crato e outros municipios participaram com intuido de fortalecer sua Defesa Civil e alinhar procedimentos.